terça-feira, 7 de setembro de 2010

A RECICLAGEM













Porque Reciclar?




A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.


 Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.


 Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.


 O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc.



Tipos de lixo:


- Doméstico (alimentos)


- Industrial (carvão mineral, lixo químico, fumaças)


- Agrícola (esterco, fertilizantes)

- Hospitalar


- Materiais Radioativos ( indústria medicina...)


- Tecnológico (TV, rádios)




Em torno de 88% do lixo doméstico vai para o aterro sanitário. A fermentação produz dois produtos: o chorume e o gás metano.


Menos de 3% do lixo vai para as usinas de compostagem(adubo).


O lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores.


Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado!!

Por quê?


Porque reciclar é 15 vezes mais caro do que jogar o lixo em aterros.




Nos países desenvolvidos como a França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino do lixo e o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, é preciso entregar a usada.
Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.


Separando todo o lixo produzido em residências, estaremos evitando a poluição e impedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos, facilitando assim seu reaproveitamento pelas indústrias. Além disso, estaremos poupando a meio ambiente e contribuindo para o nosso bem estar no futuro, ou você quer ter sua água racionada, seus filhos com sede, com problemas respiratórios.




Algumas Vantagens:




Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.




Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.




Quantas latinhas de refrigerantes você já jogou até hoje?




Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.


Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e poderia ter sido reciclado!






Economia de energia e matérias-primas. Menos poluição do ar, da água e do solo.


Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo, dificilmente o joga nas vias públicas.


Gera renda pela comercialização dos recicláveis. Diminui o desperdício.


Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde da Prefeitura.



Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geram.

Texto Retirado do Site: http://www.compam.com.br/

Por: Maiane Gonçalves

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


Por:Orlane Ribeiro

A Degradação da Biosfera

Com o avanço da ocupação humana sobre os mais diversos ecossistemas, várias têm sido as formas de impacto sobre o equilíbrio ecológico. Os seres vivos e o meio ambiente estabelecem uma interacção dinâmica, porém frágil. O grande dilema das sociedades modernas é conciliar o desenvolvimento tecnológico e a carência cada vez maior de recursos naturais com o equilíbrio da natureza.
A tentativa de conciliação ou harmonização começou a ser intensificada na década de 1980, quando se tornaram muito mais visíveis e preocupantes várias conseqüências da profunda interferência do homem na paisagem: o efeito estufa, as chuvas ácidas, as ilhas de calor nas cidades, o buraco de ozônio, a poluição dos oceanos, a grande extensão dos desmatamentos e extinção de espécies animais, o rápido esgotamento dos recursos não-renováveis, etc.
Por: Grazielly Barbosa

Biosfera


Por:Railana Santos

Modificação da biosfera

As mudanças bruscas nos componentes da biosfera causam desequilíbrios que afetam toda a estruturação da matéria viva. A evolução tecnológica provocou, paralelamente ao aumento dos recursos favoráveis à vida, graves perturbações da biosfera. A combustão de hidrocarbonetos para a obtenção de energia tem sido responsável, em grande medida, pela poluição da biosfera, e o transporte marítimo desses combustíveis, por grandes petroleiros, tem provocado acidentes que causam a morte imediata de milhões de seres vivos. Com a combustão do petróleo, alterou-se a composição química da atmosfera e destruiu-se parte da camada de ozônio, o que poderá ocasionar no futuro a desertificação da superfície terrestre.














Grazielly Barbosa

O homem e a Biosfera

O homem, como ser vivo faz parte da biosfera, interage com os outros seres vivos mantendo relações ecológicas com eles, algumas vezes de forma harmônica mas na maioria das outras vezes de forma desarmônica, com isso causando constantes prejuízos para a vida da biosfera em geral. A devastação de até biomas inteiros, a pesca abusiva, a substituição dos ecossistemas naturais por áreas destinadas a monoculturas e pecuária, o agronegócio em geral. Cada ser vivo tem um ambiente em que se adapta melhor e se o ecossistema em que ele vive for modificado pelo homem, a sobrevivência desses seres vivos fica ameaçada porque eles são dependentes desses ecossistemas que foram montados e organizados em teias alimentares estabelecidas durante milhões de gerações que fizeram a história da evolução genética dessas espécies que vivem por lá há milhões de anos, sendo por isso ecossistemas muito complexos dos quais pouco sabemos como funcionam realmente. Por isso, o homem tem uma responsabilidade acrescida na saúde da biosfera e compreender quão complexas e intrincadas são essas teias alimentares que demoraram milhões de anos em evolução para serem o que são hoje em dia, serem da forma como nós avistamos esses seres vivos que lutam pela sobrevivência nessas florestas e nesses oceanos cheios de vida mas que é uma vida frágil perante ao avanço do homem no afã de conquistar mais territórios para si mesmo sobre esses ecossistemas naturais e com isso causando a destruição deles.



Orlane Ribeiro

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Brasil - Reservas da Biosfera

Reservas da Biosfera são áreas de ecossistemas terrestres ou costeiros com o objetivo de pesquisar soluções para conciliar a conservação da biodiversidade e ao mesmo tempo, possibilizar o uso sustentável dos recursos naturais dos bioma que agasalham. São reconhecidas internacionalmente pelo Programa MaB (Man and Biosphere) da UNESCO.

A Rede Brasileira de Reservas da Biosfera foi criada em 1995 e é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A Rede possui 6 Reservas da Biofera: Mata Atlântica incluindo o Cinturão Verde, Pantanal, Amazônia, Cerrado, Caatinga e Espinhaço.



Em 1992, a Mata Atlântica foi nomeada pela UNESCO a primeira Reserva da Biosfera brasileira. Com cerca de 300.000 kmq, é (após do Nordeste de Groenlândia na Dinamarca) a segunda maior reserva da biosfera do mundo. Ela compreende mais que 600 das 900 unidades de conservação brasileiras. As Reservas do Sudeste e da Costa do Descobrimento estão inscritas na Lista de Patrimônio Mundial.

Por: Maiane Gonçalves

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A Terra é um sistema complicado. A parte onde existe vida é chamada biosfera. Bios vem do grego "vida". A biosfera se estende um pouco acima e um pouco abaixo da superfície do planeta. O habitat é formado por áreas distintas, cada uma com seu clima, solo e comunidades de plantas e animais. Essas áreas são os ecossistemas. Cada qual consiste de um número de partes relacionada , de modo a manter o sistema inteiro funcionando. Embora distintos, os ecossistemas não são fechados. A luz do sol, a chuva, a água, os nutrientes convivem no mesmo solo, também compartilhado por sementes e animais que nele passam.


AS UNIDADES DA BIOSFERA


Para tornar mais fácil o estudo da biosfera, os ecologistas dividiram-na em unidades menores. Informações sobre cada unidade podem ser colocadas juntas para revelar um retrato completo. Um ecossistema pode ser estudado como um todo, ou se concentrar nos seres que nele vivem individualmente.



A TERRA

A Terra é o único planeta onde se conhece o que chamamos de vida. Tem uma atmosfera que contém os elementos necessários para a sobrevivência dos seres vivos e que protege a superfície do planeta dos efeitos perigosos dos raios do Sol.



BIOSFERA

A biosfera cobre toda a superfície da Terra. É a parte viva do planeta e inclui a atmosfera. Contém diversos ecossistemas diferentes.



ECOSSISTEMA

Um ecossistema é uma área específica da biosfera que contém os seres vivos. Inclui as rochas e o subsolo, a superfície e o ar. Contém vários habitats. Uma floresta é um exemplo de um ecossistema. Os maiores ecossistemas, como as florestas tropicais e os desertos, são chamados de biomes.


HABITAT

O habitat é o lar natural de um grupo de plantas e animais. Esse grupo de seres vivos é chamado de comunidade. O habitat é, às vezes apontado como "endereço" das espécies. Contém diversos nichos. As árvores são um exemplo de habitat.

NICHO

Um nicho é a posição de um ser vivo dentro de um ecossistema, incluindo o lugar que habita, o que ele absorve ou come, como se comporta como está relacionado com outros seres vivos. O nicho tem sido chamado de "ocupação"de uma espécie.



OS ECOSSISTEMAS DO MUNDO
Os ecossistemas distribuem-se na Terra principalmente de acordo com o clima. Há zonas de climas diferentes, dos pólos, frios e secos, ao equador, quente e úmido. As plantas e animais são adaptados às condições e se associam uns aos outros para formar comunidade. Eles têm papéis definidos dentro de cada ecossistema, competindo por recursos para sobreviver.



LIMITES DOS ECOSSISTEMAS

Cada ecossistema é diferente de sua vizinhança, que é parte de outros ecossistemas. Alguns têm vizinhas distintas, como entre uma floresta e um lago. Os habitats e nichos mudam subitamente. Mas muitos ecossistemas se misturam. Há áreas onde essa mescla é chamada de ecotono, com animais e plantas dos dois ecossistemas.                                                                                     

                                                                                                        Andriele Magalhães

http://www.youtube.com/watch?v=tPY38UuyHvA                                           Yuri Badaró

sábado, 14 de agosto de 2010

Estudos da Biosfera

  Biosfera:
Por: Maiane Gonçalves

A TEORIA DA BIOSFERA DE WLADIMIR VERNADSKY

E. Suess (1831-1914), geólogo austríaco, inventa a palavra "biosfera" no final do século XIX. Wladimir Vernadsky (1863-1945), mineralogista russo, pai da ecologia global holista, define o conceito numa perspectiva mais ampla e complexa. O conceito de "biosfera" impõe-se a partir de então.



Biosfera é uma compreensão da vida terrestre concebida como totalidade. Vernadsky abre uma nova pesquisa: a geo-química global, designada como a química e a história da crosta terrestre. A tradição anglo-saxônica estava mais ancorada em conceitos geo-botânicos e Vernadsky introduz uma visão ecológica da terra. Ele ajudou a fazer da ecologia uma ciência da terra. No início, essa visão ficou restrita à área russa. Alfred Lotka introduz a ecologia global nos Estados Unidos e no ocidente.



O início dessa perspectiva está na pedologia (Bodenkunde em alemão), isto é, a ciência do solo. Ela mostra a importância das propriedades físicas e químicas do solo e de sua situação climática. Um autor importante para essa perspectiva foi o especialista russo em solos, Dokouchaev, com quem Vernadsky trabalhou, estudando o rico solo da Ucrania. Vernadsky é mais de formação mineralogista. A mineralogia, para ele, é o estudo dos fenômenos químicos que acontecem na crosta terrestre, seguindo processos e reações físicas e químicas. Com isso, ele consegue juntar a mineralogia e a pedologia.



Em 1926, Vernadsky publicou a célebre obra "A biosfera" (republicada em inglês: The Biosfere, Oracle (Ariz.): Synergetic Press, 1986), cuja intenção era chamar atenção dos naturalistas, geólogos e sobretudo biólogos da importância do estudo quantitativo da vida em suas relações indissolúveis com os fenômenos químicos do planeta. A obra consta de duas partes: I. A biosfera no cosmo; II. O domínio da vida.



Define a biosfera, como a região única da casca terrestre, ocupada pela vida, que não é um fenômeno exterior ou acidental na superfície terrestre. A vida está ligada por um laço estreito à estrutura da própria crosta terrestre e faz parte de seu mecanismo...A vida e toda matéria vivente podem ser concebidas como um conjunto indivisível no mecanismo da biosfera.



A propriedade da vida é sua ubiqüidade (está em toda terra), sua prodigiosa capacidade de ocupar qualquer espaço livre. Essa difusão e multiplicação da vida são manifestações terrestres da energia geo-química da vida na biosfera. O antrópodes, ácaros e termitas são a massa principal de matéria animal, vivendo sobre a terra; sua capacidade de reprodução pode em pouco tempo ocupar toda a superfície da biosfera. O caso das bactérias é ainda mais singular. A sua energia geo-química manifesta-se pela rapidez de sua difusão e multiplicação. Multiplicam-se em progressão geométrica. Mas a vida como um todo multiplica-se nas dimensões finitas do planeta e nos limites impostos por sua constituição e seu ambiente.

Vernadsky vê a biosfera como um mecanismo cósmico harmonioso, desprovido de azar ou de acaso. Biosfera é o domínio da crosta terrestre, ocupada por transformadores que mudam as radiações cósmicas em energia terrestre ativa. Essas transformações acompanham a migração de todos elementos químicos através da matéria vivente e sua emigração para fora dela.

Os elementos da biosfera distribuem-se em três grupos:

1) A matéria vivente é o conjunto das espécies vivas (99 % são autotróficas e 1% são heterotróficas).

2) A matérias biógena que compreende os combustíveis fósseis, a turfa dos pântanos, o húmus proveniente da matéria viva.

3) A matéria bioinerte que são a água, as rochas sedimentares e a parte baixa da atmosfera indissociáveis da história da vida.

Vernadsky já apontava, naquele tempo, para o papel protetor da camada de ozônio. Ela serve de limite superior da biosfera. O oxigênio forma-se na biosfera por processos bio-químicos que desaparecerão com a extinção da vida. Vernadsky defende que esse mecanismo é inalterável em todas as eras geológicas. Ele resume as leis que regem esses processos em dois princípio:

1) A migração biógena dos elementos químicos na biosfera tende à sua manifestação mais completa.

2) A evolução das espécies, atingindo a criação de novas formas vitais estáveis, deve mover-se no sentido do aumento da migração biógena dos átomos na biosfera. Por exemplo, no início da era paleozóica houve uma aceleração da migração biógena do cálcio para a emergência dos vertebrados. Assim, o surgimento da vegetação terrestre significou a migração do oxigênio, hidrogenio e carbono.

A irrupção do homem civilizado significou uma ruptura no processo de migração biógena. A face da terra mudou substancialmente. A era dessa transformação apenas começou. O surgimento do ser humano foi sendo preparado por todas as eras anteriores. O ser humano está ligado ao bloco da vida junto com todos os seres vivos. Está ligado a esse bloco pela nutrição. Toda construção social é movida por essa necessidade. O ser humano é um animal heterotrófico cuja ação geológica tornou-se imensa no curso do tempo. Com o surgimento da agricultura a natureza virgem foi aniquilada. Introduziram-se novos compostos químicos desconhecidos e novas formas de vida. Isso cria uma situação inquietante, agravada pela distribuição injusta das riquezas.

Vernadsky prega uma mudança nas formas de alimentação e na utilização das fontes de energia por parte do ser humano. A realização dessa utopia social é de grande urgência. Ele prega a utilização da energia solar e a transformação do ser humano em animal autotrófico, consumindo apenas sínteses alimentares. Isso terá repercussões imensas. Será a expressão de um processo que dura milhões anos. Para Vernadsky, essa nova utopia será possível pela ciência

A HIPÓTESE "GAIA" DE JAMES LOVELOCK



Gaia quer ser um conceito ainda mais amplo que biosfera, importante para compreender o destino da terra como planeta vivente. A terra é entendida como uma gigantesca máquina termo-química. A proposta explicativa de James Lovelock está principalmente em duas de suas obras: Gaia: New Look at Life on Earth (New York: Oxford University Press, 1979) e The Ages of Gaia (New York: Norton, 1988). Essa última obra está traduzida ao português: As eras de Gaia: A biografia da nossa terra viva (S. Paulo: Campus, 1991).



A hipótese de Lovelock é uma proposta original de uma auto-regulação da terra e da vida que ela carrega. O conjunto da terra e da vida formam um sistema que tem a faculdade de manter a superfície terrestre num estado propício para prossecução da vida na terra. Lovelock afirma que a terra é um ser vivente. Ele foi buscar na mitologia grega o nome da deusa Gaia, para designar essa entidade viva. A sua hipótese não é mitologia, mas ciência. Como climatologista, Lovelock chegou a essa teoria a partir dos seus estudos científicos sobre os diferentes climas da terra.



A afirmação central é que a própria vida contribui para conservar as condições para a vida no planeta terra. Ela interage constantemente com o meio-ambiente físico-químico, formando com ele um ser vivente. Gaia é uma entidade complexa, compreendendo a biosfera terrestre, os oceanos e a terra. O conjunto forma um sistema cibernético de feed-back, que procura o ambiente físico e químico optimal para a vida sobre o planeta. A preservação das condições relativamente constantes para um controle ativo da vida pode ser descrito pelo termo homeostasia.



A teoria de Gaia é uma alternativa à sabedoria convencional que vê a terra como um planeta morto, feito de rochas, oceanos e atmosfera inanimados e meramente habitado pela vida. Ao contrário, a terra é um verdadeiro sistema, abrangendo toda a vida e todo seu meio ambiente, estreitamente acoplados de modo a formar uma entidade auto-reguladora.



Na primeira obra, Lovelock fala de "biota", como conjunto da vida terrestre, e biosfera, como o conjunto do ambiente da vida. Gaia é mais extenso que biosfera, entendida como parte do planeta onde existe vida, porque inclui a totalidade da atmosfera, rochas e oceano.



Para Lovelock, a terra e a vida que ela carrega são um sistema que possui a faculdade de regular sua temperatura e a composição de sua superfície, mantendo-os propícios à existência de seres vivos. Trata-se de um processo ativo, tributário, sem contrapartida, da radiação solar. Gaia é um sistema auto-organizado e auto-regulado no qual a vida microbiana joga um papel fundamental. As miríades de micro-organismos que povoam toda a crosta terrestre são os principais responsáveis pelas condições favoráveis à vida. Eles regulam a temperatura e a composição da atmosfera da terra, a salinidade dos mares, as condições do solo. As pesquisas da microbiologista Lynn Margulis ajudaram ao climatologista Lovelock entender e fundamentar a sua teoria.



A hipótese Gaia suscita interesse, mas também objeções principalmente por assinalar uma teleologia à terra, dando ao mundo uma capacidade de previsão e um sentido de projeto do qual não existe prova. A essa objeção, Lovelock responde que ela esquece algumas observações tangíveis: o fato da crosta terrestre, os oceanos e o ar não serem dados brutos. Eles são diretamente produzidos pelos seres vivos ou modificados por sua presença. Para responder aos seus objetores, Lovelock cria um modelo de explicação, comprovado em computador: a "parábola das flores margaridas".

Ele imagina um planeta floral, habitado por duas espécies de margaridas, uma clara e a outra escura, cujo ambiente é reduzido apenas à uma variável, a temperatura. Debaixo de 5º e acima de 40º, elas não sobrevivem. O planeta floreal é clareado por uma estrela cuja luminosidade aumenta com a idade como no caso do sol. Na baixa temperatura, as margaridas escuras são favorecidas e absorvem mais radiação e crescem. Assim elas aumentam e fazem subir a temperatura localmente e depois regionalmente. Isso abre espaço para que apareçam as margaridas brancas, enquanto que as negras emigram para regiões mais frias, levando igualmente a um processo de aquecimento e assim sucessivamente. Trata-se de uma retroação positiva.



Com esse modelo, Lovelock quer explicar a possibilidade de regulação do ambiente por uma biocenose. Ele coloca-se a pergunta: Será que a evolução do ecosistema do "planeta das margaridas" levaria a autoregulação do clima? Essa parábola introduz uma novidade na ecologia, a retroação, que permite internalizar variáveis do ambiente. Essas variáveis são suscetíveis de modificação pelo comportamento da biocenose. Esses mecanismos autoreguladores são típicos da teoria dos sistemas e da cibernética. Nesse sentido não existe uma determinação teleológica.



Para Lovelock, a hipótese gaia introduz um conceito de terra no qual:

1) a vida é um fenômeno planetário;

2) não pode existir uma ocupação parcial dum planeta por organismos vivos;

3) a visão de Darwin é modificada, porque é necessário acrescentar que o organismo afeta seu ambiente;

4) tomando as espécies e seu ambiente físico num conjunto único, podemos construir modelos ecológicos que são matematicamente estáveis.



Outro ponto controverso da teoria de Lovelock é o mecanismo de estabilização do teor atmosférico de oxigênio ao redor de 21%. Desde que existe vida na terra esse teor permaneceu estável, porque acima de 25% provocaria incêndios, eliminando a vida, e abaixo de 15%, a asfixia dos seres vivos aeróbicos. Existe, segundo Lovelock, uma auto-regulação homeostática da própria vida no planeta que possibilita essa taxa permanente.

Por: Maiane Gonçalves

Projeto Biosfera 2 - Alguém ja ouivu falar?

O Projeto Biosfera 2 foi um projeto realizado no ano de 1986 em Arizona, nos Estados Unidos e tinha como objetivo a recriação do nosso ambiente natural artificialmente em forma de laboratório de pesquisas.


O projeto














Área exterior do projeto, em Arizona, Estados Unidos.

O principal objetivo do projeto era a recriação do ambiente natural em laboratório. Onde os pesquisadores poderiam sobreviver, ao lado de outras espécies, isoladamente do meio exterior de forma auto-suficiente, além de estudar como o ser humano interage com o ambiente e que tipos de problemas podem surgir em sistemas fechados. Nele, se estudariam as condições da Biosfera "natural" (apelidada, pelos organizadores do projeto, de Biosfera 1). Os cientistas deveriam produzir seu própria comida e reciclar sua água e ar.

Foi necessária uma área de 12.000 metros quadrados do Arizona, onde foi construído o laboratório em forma de domo e inseridas mais de 3.800 espécies. Entre elas, animais e vegetais.

Biomas inseridos no projeto;

Para um estudo integrado, foram recriados artificialmente no domo os seguintes biomas: Uma floresta tropical úmida, um "oceano" com 4.000.000 litros de água, um pantanal, um deserto, e uma savana.
















Área interior da "Biosfera 2"

Além destes, havia uma área própria para a sobrevivência dos participantes do projeto.

A tecnologia do projeto

Para garantir o sucesso do projeto, foram usados os seguintes aparelhos: Uma imensa estrutura laboratorial, aparelho de ondas artificiais, aquecedores e resfriadores, geradores de energia movidos a gás e a diesel, medidores eletrônicos para medir os gases atmosféricos existentes no domo, medidores de temperatura, além de controladores da circulação do ar.

As tripulações do projeto

A primeira equipe era composta por quatro homens e quatro mulheres, que conseguiram permanecer no domo por dois anos inteiros, sendo substituídos logo em seguida por uma nova equipe, composta de sete pessoas. Na nova equipe haviam cinco homens e duas mulheres.

• O fracasso

O Projeto Biosfera 2 falhou.

A responsabilidade para os tripulantes era enorme. Era dever deles cuidar de todo o complexo tecnológico e ainda cuidar deles mesmos. O isolamento foi fraudulento. A composição do ar presente no domo também tornou-se um grande problema, principalmente no que diz respeito ao oxigênio, que caíra constantemente.

A grande riqueza do solo na Biosfera 2 levou à proliferação de microorganismos, cuja respiração consumia muito oxigênio. As plantações começaram a ser atacadas por pragas. A luz no domo não garantia fotossíntese suficiente para todas as espécies, inclusive a humana.

As espécies polinizadoras logo morreram, impossibilitando a reprodução de algumas plantas. Das 25 espécies originais de animais utilizadas no projeto, somente 6 sobreviveram. E, por motivos ainda não explicados, sobreviveu uma quantidade exageradamente grande de baratas.

• Futuramente

O domo utilizado como laboratório para o projeto tornou-se uma grande atração turística. Além de já estar sendo visto como futura área de estudos e testes, como as variáveis interiores de gás carbônico.

Por: Maiane Gonçalves

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Com o avanço da ocupação humana sobre os mais diversos ecossistemas, vários têm sido as formas de impacto sobre o equilíbrio ecológico. Os seres vivos e o meio ambiente estabelecem uma integração dinâmica, porém frágil. O grande dilema das sociedades modernas é conciliar o desenvolvimento tecnológico e a carência cada vez maior de recursos naturais com o equilíbrio da natureza.


Cinco dos principais problemas que afectam a biosfera são:
1- A Desflorestação;

2- A Desertificação;

3- Perda da Biodiversidade e, consequente, extinção das espécies;

4- Poluição dos solos e sua consequente degradação;

5- Esgotamento dos recursos naturais.



                                                     1-A DESFLORESTAÇÃO

IMPORTÂNCIA DAS FLORESTAS: ecológica (renova o oxigénio através da fotossíntese; purifica o ar filtrando as poeiras em suspensão; regulariza o clima através da evapotranspiração; diminui a erosão do solo por dificultar o escoamento; fornece matéria orgânica aos solos e atenua o efeito de estufa); económica (protege e alimenta muitos animais contribuindo para a caça; cria postos de trabalho; é matéria - prima para várias indústrias (mobiliário e celulose); tem potencial farmacológico; desenvolve certas formas de turismo; artesanato; construção de habitações; fonte de energia doméstica);soc ial (contribui para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, oferecendo locais de lazer).


1.1-CAUSAS DA DEGRADAÇÃO DA FLORESTA:
 
1.1 a)- CAUSAS NATURAIS: incêndios (trovoadas e erupções vulcânicas) e provocados; secas prolongadas; elevadas temperaturas, doenças que afectam as árvores;
 
1.2 b)CAUSAS HUMANAS:
 
 *Utilização da madeira e lenha como combustível para uso doméstico, actividades artesanais ou semi-industriais;
 
*  Utilização da madeira para fins industriais e comerciais;
*Exploração mineira;

*Aumento da superfície cultivável (transformação as áreas florestais em áreas agrícolas);

*Atividade pecuária intensiva;

*A intensificação dos métodos agrícolas que levou ao esgotamento dos solos e, consequentemente,
à procura de novas áreas para a agricultura sendo a cobertura florestal destruída; Construção de habitações e vias de comunicação;

*O crescimento demográfico e o crescimento urbano;

*Chuvas ácidas;

*O Fogo por acção voluntária do Homem (mãos criminosas) ou involuntárias (acidentes em
queimadas).


1.3- AS CONSEQUÊNCIAS DA DESFLORESTAÇÃO:
*Redução do oxigênio e aumento do dióxido de carbono;

*Destruição de habitats de numerosas plantas e animais que muitas vezes correm o risco de extinção;

*Desaparecimento de microrganismos indispensáveis à decomposição de matéria orgânica em húmus, o que leva ao empobrecimento dos solos, sendo a reconstituição da cobertura vegetal mais difícil;

*Erosão dos solos, que anteriormente protegidos pelas copas das árvores, estão agora mais expostos aos agentes erosivos;

*Alterações climáticas já que as florestas tornam os solos e os ambientes mais húmidos logo, menor área vegetal, menor é a evapotranspiração e o clima torna-se mais seco, aumentando o efeito estufa;

 *Aumento da escorrência das águas, já que a cobertura vegetal favorece a infiltração das águas no solo.

*A diminuição da infiltração das águas leva à diminuição dos recursos hídricos em profundidade, com a
progressiva diminuição das toalhas freáticas;

*A Aridificação e Desertificação dos solos;



                               2- A DESERTIFICAÇÃO E ARIDIFICAÇÃO DOS SOLOS
Aridificação é a evolução climática de uma área susceptível de se transformar em deserto.
Desertificação é o fenômeno que corresponde à transformação duma área num deserto devido a causas naturais ou à ação do Homem.

2.1- CAUSAS DA DESERTIFICAÇÃO DOS SOLOS


*Inadequação das culturas ao tipo de solo;


*Desarborização e exposição do solo às intempéries;

*Esgotamento do solo devido a culturas demasiado intensivas;

*Poluição e contaminação dos solos devido ao uso exagerado de produtos químicos;

*Abandono do cultivo dos solos;
*Atuação errada em ambiente frágil como o Sahel (margens meridionais do deserto do Saara)
 
*Arborização desadequada.
 
 
 
2.2- CONSEQUÊNCIAS DA DESERTIFICAÇÃO DOS SOLOS 
 
* abandono das terras por parte das populações mais pobres em situação de fome (migrações);
 
* queda na produção e produtividade agrícolas;


*queda na produção e produtividade agrícolas;

* perda de biodiversidade (flora e fauna);

* perda dos solos por erosão;

* aumento das secas por incapacidade de retenção de água dos solos;


                             3- PERDA DA BIODIVERSIDADE E EXTINÇÃO DAS ESPÉCIES



A Biodiversidade tem sido seriamente ameaçada pela diminuição de grande números de seres vivos, em resultado de uma série de fenómenos causados essencialmente pelo Homem.


3.1- CAUSAS DA PERDA DA BIODIVERSIDADE


*A desflorestação;


*Perda e destruição dos habitats naturais dos animais;

*A poluição das águas;

*A poluição atmosférica;

*O aumento da desertificação;

*Diminuição do seu território devido à invasão das “urbes humanas”;

*Alterações climáticas (aquecimento global) que podem provocar modificações na cadeia alimentar
(escassez de presas ou vegetação);

*Perseguição e/ou exploração excessiva de algumas espécies (caça e pesca indiscriminada).

3.2- CONSEQUÊNCIAS DA PERDA DA BIODIVERSIDADE

*Alterações na cadeia alimentar;


*Desequilíbrios na relação presa/predador;

*Extinção de algumas espécies animais e vegetais;



                         4- POLUIÇÃO DOS SOLOS E SUA CONSEQUENTE DEGRADAÇÃO


4.1- CAUSAS DA POLUIÇÃO DOS SOLOS E SUA CONSEQUENTE DEGRADAÇÃO:

*Lixos e resíduos industriais;


*Lixos dos resíduos hospitalares;

*Excesso de lixos domésticos, provocados pelo excesso de consumo de uma população em franco
crescimento;

*Resíduos provenientes da agricultura e pecuária intensiva (nitratos, fosfatos e metano).

* Pastoreio excessivo (dificulta a regeneração dos pastos, pondo o solo exposto à erosão);

* incêndios naturais e criminosos aceleram a erosão dos solos, despidos de vegetação;

 
4.2- CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO E DEGRADAÇÃO DOS SOLOS:
 
*Emissão de radiações;


*Contaminação dos solos e dos aquíferos;

*Erosão e degradação dos solos;

*Envenenamento, poluição e destruição dos habitats naturais de algumas espécies;

*Diminuição da SAU (Superfície Agrícola Utilizável).

*Maior erosão; dificuldades na reconstituição florestal e desertificação.



                                      5- O ESGOTAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS


5.1- CAUSAS DO ESGOTAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS:

*Sobreexploração (caça, pesca e utilização desmedida como fontes de energia);


*O sistema de agricultura intensiva, que esgota sobretudo os solos;

*O excesso de população;

*Excesso de consumo.



5.2- CONSEQUÊNCIAS DO ESGOTAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS .

*Extinção das espécies;


*Contribuição para o aumento do aquecimento global;

*Danos e mudanças no património paisagístico;

*Extinção das reservas dos recursos energéticos não renováveis.




6- SOLUÇÕES PARA A PRESERVAÇÃO DA BIOSFERA

* Reflorestar sempre que haja necessidade de abate de árvores; * Recorrer à Agricultura Biológica porque não utiliza químicos que degradam e provocam a erosão dos solos evitando-se o avanço da desertificação;


* Criar áreas protegidas como os Parques e Reservas Naturais;

* Regulamentar e fiscalizar a caça e a pesca;

* Reciclar os lixos mas acima de tudo reduzir ao máximo a sua emissão para o planeta;

* Criar novas formas de tratamento de lixos menos agressivas para o ambiente;

* Utilizar os Recursos Energéticos Renováveis em detrimento dos Não Renováveis;  

                                                                                                                      Yuri Badaró
Biosfera é a porção da Terra onde a vida se faz presente. Envolve a crosta terrestre, as águas, a atmosfera e, hoje, sofre alterações significativas, rápidas e desastrosas, com a destruição sistemática de seus habitats e recursos naturais de que depende a comunidade planetária.

                                                                         Yuri Badaró